Sou Feliz?
"Não sou feliz.
No entanto também não sou infeliz. Tenho um relacionamento fantástico, uma família presente, um trabalho que me permite pagar as contas e ter alguns luxos, uma saúde razoável; não sou de todo infeliz.
Mas também não sou feliz.
E isto é algo complicado para os outros perceberem. Especialmente para a pessoa que divide a vida connosco. Porque inevitalmente pensa que a culpa é dela, que não está a fazer o suficiente, que se calhar nós seríamos mais felizes com outra pessoa.
Mas o que eu sinto é que a minha falta de felicidade vem de dentro. Há algo que está a faltar. Ou alguma coisa que bloqueia a felicidade que eu poderia ter.
Não ambiciono ser totalmente feliz.
Mas e se conseguisse ser 20% mais feliz?
Vou tentar..."
Mas não foi nada disso que aconteceu.
Desde a histórias mais cómicas, a desabafos pessoais, a histerismos com a Ana Malhoa e nos últimos tempos com insistentes referências a produtos de beleza e a locais onde engordar desmesuradamente, percebo hoje que o blog é um prolongamento de mim, e sendo eu uma multitude de pessoas dentro de um corpo é normal que este espaço virtual seja um reflexo dos meus interesses e do meu estado de espírito,podendo às vezes parecer uma salganhada sem um fio condutor.
Criar e manter o blog foi algo que me deu e me dá muito prazer, mas que é uma actividade que acarreta também algum stress e ansiedade. Vejo isso de uma forma tranquila, mau seria se algo que estimamos e gostamos não nos deixasse um pouco apoquentados quando não possuímos o tempo que gostaríamos de ter para a alimentar.
E ao fim deste primeiro ano, consegui atingir a meta dos 20% de felicidade extra?
Olhando para tudo o que se passou tenho a dizer que não. Que fiquei por volta dos 8 a 9%. Mas não encaro isso como uma derrota, porque o caminho faz-se andando, e todas as pequenas vitórias contam.
Passei a fazer mais exercício, conheci pessoas fantásticas e sobretudo comecei a mentalizar-me que o importante é o agora, não é o futuro que ainda não veio e que pode ser bom ou mau ou nem sequer existir. Que me devo focar no presente, e que não existem problemas, há situações que posso tornar num problema ou não, o poder está nas minhas mãos.
Espero que daqui a mais um ano possa vir dizer que sou mais feliz, 20%, 35%, 68%, o que seja. Ou se calhar anunciar que percebi que a felicidade era algo diferente do que eu procurava, e afinal sempre esteve comigo, só a precisava de ter aceite. Só precisava de ter aberto os olhos e o coração.
E se não for pedir muito, que vocês que me estão a ler agora, que se mantenham por aí também, com um sorriso no rosto!